Sustentabilidade Social
Design e Artesanato
A interlocução do design com a complexa realidade do artesanato na reflexão sobre modelos de atuação e práticas projetuais, considerando as interseções transversais que afetam diretamente essa relação com as questões sociais, culturais, tecnológicas, ambientais, econômicas e políticas. Os limites da relação design e artesanato, sustentabilidade, gestão e políticas, especialmente no que tange as questões sociais e econômicas; a diversidade de abordagens intervencionistas experimentadas por ONGs, Universidades, Profissionais liberais, Órgãos Governamentais; os limites da relação design e artesanato que ainda parecem confusos para a maioria dos atores envolvidos fruto das contradições que emanam de contextos tecnológicos, econômicos, sociais, culturais e ambientais em favor de modelos de desenvolvimento socialmente mais inclusivos e sustentáveis; a busca por alternativas que preservem a atividade artesanal ao mesmo tempo em que ampliem a geração de renda de comunidades artesanais.
A mesa pretende dar continuidade a reflexões realizadas nas edições 2015 e 2017, a partir do entendimento de que a valorização dos bens culturais e de seus territórios, ao estabelecer o diálogo entre consumo e produção, tradição e inovação, cria condições de potencializar os recursos locais em favor de benefícios para as comunidades; o designer pode e deve se deslocar do seu papel de criador para o de mediador dessa tradução e que esse deslocamento se ampara no reconhecimento do potencial criativo e técnico de artesãos e artesãs, essencialmente no valor da dimensão humana inequívoca e inerentemente invisível por trás da materialidade.
Professora Adjunta 2 da Universidade Federal de Pernambuco. Desde 2000, coordena o Laboratório de Design O Imaginário, onde desenvolve atividades de design relacionadas à produção industrial e artesanal, bem como é membro do grupo de pesquisa Design, Tecnologia e Cultura.
Ana Andrade
Arquiteta por formação, trabalha em seu próprio atelier com design de superfície e design de produto, primeiramente focado na reutilização de materiais descartados, usados como matéria-prima em instalações na paisagem urbana de Recife e criando peças de mobiliário com técnicas artesanais. Inicia então o trabalho com comunidades de artesãos, a partir do saber fazer das comunidades, em vários estados do Nordeste do país. Em 2012, lança o livro Estampa Brasileira, onde registra seu trabalho de designer em diversas áreas de atuação.
Bete Paes
Estilista, empresária, assistente social e fundadora da marca Refazenda, que aposta na produção própria de tecidos locais e investe em uma moda sustentável para transformar o mercado nordestino. Estilista e empresária de moda, também formada em serviço social, dedica-se ao funcionamento da marca em parceria com milhares de mulheres responsáveis por produzir suas peças, mães que se dividem entre a rotina familiar e a arte de tecer.
Magna Coeli
Bacharel em design e doutora em antropologia. É professora adjunta, docente permanente do Programa de Pós-Graduação em Design, e atual chefe do Departamento de Desenho e Tecnologia da Universidade Federal do Maranhão, onde coordena o Núcleo de Pesquisas em Inovação, Design e Antropologia (NIDA). Atua com pesquisas em Design Anthropology, processos colaborativos e situados, em comunidades criativas e praticantes habilidosos.
Raquel Noronha